Pontualmente, eles chegam um a um. Enfrentam o dia árduo de trabalho e à noite se mobilizam para ir, a pé mesmo, ao Módulo Policial, localizado no Centro Social Urbano, na Vila Portuguesa. Se engana quem imagina algum protesto decorrente da violência, tão comum visto nos dias de hoje.
O motivo da mobilização dessa vez é outro: a sede de mudança. Acreditando nela, os moradores se reuniram no dia 14 de setembro para passar por mais um passo da metodologia das Redes de Desenvolvimento Local: O Ativos e Necessidades.
A metodologia adotada nesse passo sugere organizar as informações em dois mapas: o Mapa dos Ativos (o que o bairro já possui, assim como os recursos de toda ordem, as potencialidades que podem ser dinamizadas para atingir o futuro desejado) e o Mapa das Necessidades (quais os problemas que devem superar, os obstáculos e carecimentos que devem contornar para percorrer o caminho em direção ao futuro sonhado).
Além disso, se prevê aproveitar o momento da realização do diagnóstico para calcular indicadores que permitam medir e acompanhar, com mais objetividade, a eficácia do processo de desenvolvimento que está sendo induzido. “A mudança depende só de nós e o trabalho da Rede aqui na Vila Portuguesa nos ensina a arregaçar as mangas!”, comentou a moradora Cledenise.
A presidente de bairro, Aparecida de Souza, é presença assídua em todas as reuniões realizadas na vila. Cledenise já sonha ansiosa, com o futuro do bairro em 2020 e aplaude calorosamente o agente de desenvolvimento local Raí Nunes ao escutar a História da Vila Portuguesa contada pelos moradores: “Mas que beleza! Nosso bairro estará assim mesmo, se Deus quiser!”, se emociona.
O próximo passo será a Elaboração do Plano, onde os moradores escolherão os seus eixos prioritários de desenvolvimento e projetarão as ações a serem desenvolvidas, dentro do horizonte de 10 anos para atingir as metas.
Por Bruna Gabrielle
Comunicadora Rede de Desenvolvimento Local
Londrina, PR
