A Campanha Nacional do Desarmamento busca a mobilização da sociedade brasileira para retirar de circulação o maior número possível de armas de fogo. A entrega voluntária de armas pelos cidadãos é uma orientação prevista no Estatuto do Desarmamento e hoje pode ser feita em mais de 2 mil postos de coleta em todo o Brasil. Além da entrega, a campanha tem o objetivo de conscientizar a população para os riscos de ter uma arma de fogo. Com o conceito “Proteja sua família. Desarme-se.”, a campanha traz uma abordagem emocional, com depoimentos baseados em casos reais de pais e mães que perderam seus filhos em acidentes ou brigas. Situações cotidianas que, com uma arma, podem se transformar em fatalidade.
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GASTO NO MUNDO COM ARMAS
Gastos militares globais crescem 49% na última década
Publicado em 22/06/2010 pelo(a) Wiki Repórter Jony Santellano, São José dos Campos – SP
Sede do SIPRI – Instituto de Pesquisa para a Paz Internacional de Estocolmo, na Suécia. – Foto: SIPRI / Divulgação
Estudo divulgado na última sexta-feira (18) pelo Instituto de Pesquisa para Paz de Estocolmo (Sipri, na sigla em inglês) revelou que os gastos militares globais cresceram 49% na última década. Os Estados Unidos são responsáveis por 53% desses gastos, comprometidos nesse período em grande escala nas campanhas contra o Afeganistão e Iraque.
De acordo com o estudo do Sipri, em 2009 os gastos militares de todo o mundo subiram para cerca de US$ 1,53 trilhão, 6% em relação ao ano anterior, e 49% em relação a 2000. Dos 15 países maiores compradores de equipamentos militares, 14 revelaram aumento de gastos em 2009. O total de gastos consolidados em 2009 foi considerado surpreendente mesmo quando descontada a inflação do período.
Além dos EUA, foram responsáveis pela alta significativa nos gastos militares países considerados emergentes como a Rússia, Índia e China, que modernizaram as suas Forças Armadas. Apesar de crônicos problemas econômicos, os países desenvolvidos também não revelaram cortes nas suas despesas militares. Na opinião de Carina Solmirano, pesquisadora do Sipri, “o crescimento dos países emergentes aumentou a sua capacidade de se fortalecer também do ponto de vista militar”. Para a pesquisadora, com o Brasil a situação é semelhante a dos países emergentes: “O país está interessado em aumentar seu poder regional e internacional, e isso é coerente com o que as outras nações também estão fazendo”.
De acordo com Bates Gill, diretor do Sipri, os gastos militares deverão subir entre 4% e 5% em 2010, mais uma vez liderados pelos EUA. Os gastos militares globais declinaram com o fim da guerra fria, na década de 90 do século passado. Na primeira década desse século, o cenário inverteu-se graças em grande parte ao aumento de gastos liderados pelos EUA em face principalmente da sua campanha declarada contra grupos terroristas internacionais que ameaçam a sua soberania e projeção de poder.
FONTES:
– Revista ’Carta Capital’, Ano XV, Nº 601, 23/junho/2010. (“O Brasil no radar bélico”, reportagem de Gerson Freitas Jr., p. 40-42).
– Jornal ’O Vale’ (São José dos Campos, SP), 19/junho/2020. (“Corrida armamentista: Mundo aumenta gastos militares”, p. 6).
SIPRI – Livro do ano 2010, disponível em: http://www.sipri.org/yearbook