Os moradores do Guanabara realizaram no dia 19 de novembro, na Paróquia São Vicente de Paulo, a primeira ação do bairro, a palestra “Conversando com nossos filhos sobre drogas”, ministrada por Diuvan Zimoski, coordenador geral da Yume no Paraná.
A palestra é o resultado do trabalho dos integrantes da Rede de Desenvolvimento do Guanabara, que articulam desde abril de 2010, formas de modificar a realidade do bairro através da cidadania, no intuito de alcançar o desenvolvimento. Os moradores, através de uma parceria estabelecida entre a Associação de Moradores do Alto Igapó (AMAI), da Yume e da Rede de Desenvolvimento, realizaram a palestra, que estava entre os sonhos compilados durante o Seminário Visão de Futuro.
A Yume tem como principal ação a educação preventiva, onde o objetivo é conscientizar em todas as áreas oferecendo uma causa e não apenas informações. A idéia é que professores e pais adquiriram habilidades e aprimorem a capacidade de educar no intuito de fortalecer os jovens na sua capacidade de decisão e de fazer escolhas.
Seguindo os conceitos que a ONG prioriza, Diuvan explicou aos presentes que a família deve ser o ponto inicial para começar qualquer tipo de projeto. “Qualquer projeto que você começar, se começar na família, dará certo”.
Também explicou que o motivo de tantos jovens e adolescentes ingressarem no mundo das drogas é pela falta de comunicação com os pais. Diuvan apresentou dados estáticos que comprovaram a afirmação, onde, segundo a pesquisa, 87% dos pais nunca falaram com seus filhos sobre o assunto e 84% dos jovens disseram que seus pais foram os últimos a saber, e geralmente era muito tarde. “Prevenção é muito mais que diálogo, é apresentar os fatos, e a prevenção começa em casa”, comentou.
O motivo por não haver comunicação sobre as drogas no ambiente familiar, segundo Diuvan, é o medo, e por esse motivo as pessoas não aprendem a conversar sobre o assunto, pois o medo normalmente gera uma fuga.
No final do encontro, o palestrante apresentou três formas para os pais enfrentarem o medo de conversar com seus filhos sobre drogas. A primeira é comunicar-se, a segunda é investigar, saber onde seu filho está, conhecer o amigo do amigo do seu filho, os planos do seu filho para os próximos anos. A última e mais importante é saber pedir ajuda. Não ter medo de comunicar a situação para outra pessoa. “O fruto que desejamos colher no nosso trabalho é a qualidade de vida na adolescência, uma vida com significado na juventude e o prazer de ver cumprida a missão de educadores na escola, na família e na sociedade”, comemorou Diuvan.
Por Camila Ricardo